A cada 45 dias, a taxa Selic retorna ao noticiário. É quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (Bacen) se reúne para reavaliar as diretrizes da política monetária do país. Na mesma ocasião, o órgão publica um relatório apontando as tendências para a economia para o período seguinte.
Esse documento é necessário para o setor produtivo e o mercado financeiro, e ele serve como um guia para orientar nos ajustes necessários a se fazer em estratégias de curto e médio prazo.
Por que a Selic é tão importante?
Selic é a sigla para “Sistema Especial de Liquidação e Custódia”, utilizado pelo Bacen e pelas instituições financeiras para realizar a compra e a venda dos títulos do Tesouro Nacional.
O mecanismo surgiu em 1996 para incentivar o controle da inflação, de um lado, e também incentivar o crescimento da economia, de outro. O valor fixado pelo Copom é uma meta, com a qual o Bacen se compromete – para garantir que ela seja seguida, a autoridade financeira atua no mercado sempre que necessário.
O funcionamento da Selic, em quatro passos
- Quando o Banco Central altera a meta para a taxa Selic, a rentabilidade dos títulos acompanha a alteração.
- Por isso, o custo de captação dos bancos muda: se a taxa aumenta, por exemplo, o custo também sobe, e é repassado para as taxas cobradas nos empréstimos.
- Quando os juros cobrados em financiamentos, empréstimos e cartões de crédito sobem, o consumo tende a diminuir. Com isso, a inflação é controlada.
- A diminuição da taxa Selic provoca o efeito contrário: estímulo ao consumo, com aquecimento da economia>e possível geração de empregos.
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Mas o que muda para as empresas?
Quando a Selic é alterada, todas as outras taxas praticadas pelas instituições financeiras são influenciadas. O que significa que, em caso de alta da Selic, o crédito fica mais caro. Quando a taxa cai, o acesso a empréstimos e financiamentos, inclusive via cartão de crédito corporativo, torna-se mais acessível, especialmente para os empreendedores.
Por isso, toda vez que o Copom anuncia uma nova decisão, a empresa precisa realizar ajustes em suas estratégias. Acompanhe abaixo quatro exemplos.
- Repensar acesso a crédito
- Reduzir custos
- Ajustar os investimentos
- Adequar as expectativas de vendas
Repensar acesso a crédito
Além do valor da taxa, o Copom indica em seu relatório se a tendência da Selic para o futuro próximo é de alta, baixa ou manutenção. Essa informação é valiosa. Se a perspectiva é de queda, pode valer a pena esperar para fazer ou renegociar dívidas.
Reduzir custos
Com o acesso a crédito mais difícil, a empresa pode precisar cortar custos para evitar o endividamento excessivo. É importante mudar processos, fazer mais com menos e esperar para colocar em prática planos de contratações e expansão para garantir a retomada no momento mais adequado.
Ajustar os investimentos
Via de regra, com a Selic mais alta, os produtos de renda fixa se mostram mais vantajosos. Quando ela cai, a renda variável desponta como uma alternativa mais competitiva. Ajustar a carteira, buscando a melhor rentabilidade para o momento, contribui para a saúde financeira da organização.
Adequar as expectativas de vendas
Sabendo que, com taxas de juros mais baixas, o consumo é incentivado, a companhia pode aumentar o estoque, investir em publicidade e realizar promoções tendo em vista a perspectiva futura de aumento da procura por parte dos consumidores. O contrário acontece quando a taxa sobe.
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Tenha controle sobre sua gestão financeira
Quando se trata de adequar a gestão financeira ao cenário macroeconômico, contar com acesso a cartões de crédito empresariais internacionais, com limite de crédito ajustado em tempo real, sem burocracia, faz uma diferença muito grande.
Principalmente quando eles são conectados a plataformas digitais disponíveis em nuvem para os envolvidos nos processos financeiros.
Afinal, dependendo das oscilações de momento, controlar de perto o fluxo de saídas, com transparência e agilidade, mostra-se um diferencial competitivo importante.
Com a plataforma da controle empresarial, as empresas passam a contar com esta vantagem, que contribui de forma decisiva para os ajustes na estratégia de gestão financeira a cada variação na taxa de juros básicos da economia.