Quem já está familiarizado com o mundo das startups certamente deve ter noção do que significa o termo “unicórnio”. E não, não estamos falando sobre os seres mitológicos, representados por um cavalo, com um enorme chifre centralizado na cabeça. Aqui falaremos sobre o sonho de qualquer empreendedor ambicioso: ter a sua startup avaliada em mais de U$ 1 bilhão.
Essa definição foi utilizada inicialmente pela investidora de capital americana Aileen Lee, em um artigo publicado por ela em 2013, Welcome to the unicorn club: learning from billion-dollar startups ou, em português, “Bem-vindo ao clube dos unicórnios: aprendendo com as startups de um bilhão de dólares”.
A ideia dela foi brincar com a “raridade” desses seres mitológicos, fazendo uma comparação com empresas que conseguiram alcançar um patamar bastante elevado e, de certa maneira atípico para o mercado.
Logicamente, todos nós sabemos que os unicórnios não existem, mas o termo é interessante por fazer alusão a algo mágico, valioso e diferente dos demais.
Quais são as principais características de uma Startup Unicórnio?
Apesar da definição passada acima, fato é que as Startups Unicórnio não são mais tão incomuns assim.
Tomemos por base que, em 2013, quando publicou seu artigo, Lee mapeou 39 startups com status de unicórnio.
Já em dezembro de 2021, segundo a consultoria americana CB Insights, passaram a existir mais de 900 espalhadas pelo mundo. Ou seja, em 8 anos pudemos observar um número aproximadamente 23 vezes maior de empresas com essa definição.
No Brasil, segundo a ABStartups (Associação Brasileira de Startups), há 21 unicórnios, e a expectativa é que esse número quintuplique nos próximos 5 anos.
O que realmente diferencia essas startups é que elas quebram barreiras nos segmentos que estão inseridas.
Um exemplo bastante comum é a Uber, que modificou a forma como as pessoas chamam um táxi.
Essa quebra de barreira, logicamente, é inovadora. Assim, os unicórnios geralmente são os primeiros a fornecer um serviço revolucionário, seja ele qual for. Mas eles não podem parar por aí.
É necessário sempre manter o posicionamento, trazendo inovações e melhorias ao seu produto ou serviço de forma constantemente. Isso serve para atender todas as demandas e expectativas dos consumidores.
Inclusive, essa é mais uma característica marcante desse tipo de empreendimento: foco total no consumidor.
Como referência podemos pegar o Brasil, onde mais da metade dos unicórnios são B2C (Business to Consumer, que prestam serviços direto ao consumidor final), com modelos de negócio focados em tornar as coisas mais fáceis e acessíveis para os consumidores.
Além disso, é comum que startups unicórnio apresentem outras características, como por exemplo:
- Serem criadas por mais de um fundador. Geralmente, os dois ou mais fundadores se conhecem há anos, tendo trabalhado juntos em outros projetos no decorrer de suas carreiras;
- Investimento em tecnologia, para gerar soluções e produtos para o mercado. As startups unicórnio comercializam majoritariamente serviços relacionados a softwares e hardwares.
Além de todas essas especificidades, algo que todos os unicórnios têm em comum é a força das suas ideias e do seu propósito.
Esses conceitos justificam a criação de uma empresa e podem nortear os seus passos rumo ao sucesso.
Como uma empresa é avaliada e definida como unicórnio?
Existem diferentes maneiras de se avaliar o valor de uma empresa. Mas quando ela ainda não tem capital aberto, a avaliação normalmente é feita pelos fundos que investem nela. Podemos dizer que estes fundos são aplicados na ideia e potencial de crescimento das startups.
A Clara, por exemplo, que acaba de colocar os pés oficialmente no mercado brasileiro, recebeu um aporte de 30 milhões de dólares, em maio de 2021, para ajudar na expansão para outras localidades além do México, país onde foi fundada e já se estabeleceu, conquistando algumas das principais corporações da região, como a empresa de locações de imóveis de temporada Casai e o unicórnio Kavak.
Essa rodada inicial de investimentos, ou série A, foi liderada pela DST Global, com participação dos fundos Monashees, Kaszek Ventures, Avid Ventures e investidores anteriores, como a General Catalyst.
E recentemente, nossa empresa concluiu a série B, com um novo investimento de 70 milhões de dólares.
Nessa segunda rodada, capital foi disponibilizado pelos fundos ICONIQ Growth, Box Group, Gaingels e Coatue, além da líder da rodada, a Coatue, que já destinou cheques a grandes companhias como Bytedance, dona do TikTok.
Esse montante, além de facilitar a nossa saída das fronteiras mexicanas, também nos rendeu o título de novo unicórnio da América Latina. Trata-se de um feito impressionante, nos colocando como a startup a conquistar a denominação mais rapidamente, em apenas um ano de existência.
Com a chegada da Clara ao Brasil, continuamos com a nossa ambição em crescer e sempre atender os nossos clientes da melhor maneira e oferecendo serviços extremamente eficientes, tendo projeções cada vez maiores e buscando dominar o mercado de cartões de crédito corporativos e softwares de gestão financeira da América Latina.
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