O Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina deve crescer 3% em 2022, segundo a estimativa do Banco Mundial. Nos últimos três anos, os investimentos na região cresceram 18 vezes, resultado, principalmente, da aposta em novos projetos focados em inovação.
Mas a crise global e a perspectiva de que a desaceleração da economia tende a se manter ao longo dos próximos meses servem como alerta às empresas. Elas precisam manter estruturas sólidas e enxutas, focadas na rentabilidade, para suportar com resiliência os períodos mais desafiadores.
Para isso, desenvolver e implementar modelos de negócios lucrativos, com foco na sustentabilidade das empresas, é fundamental, e pode garantir o sucesso do empreendimento no longo prazo. Abaixo, Rodrigo Aparicio, CFO da Clara, lista os cinco fatores que toda organização pode levar em conta, a fim de repensar suas estratégias.
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Assegurar o potencial do negócio
Para entender onde a empresa está e para onde pode ir, é fundamental entender que não é possível crescer indefinidamente. Existe um limite de crescimento, que geralmente depende das características do mercado onde a organização atua. Nesse sentido, todo plano de expansão precisa levar em conta a lucratividade inicial em uma leitura realista do cenário – que pode mudar ao longo do tempo.
O limite inicial de crescimento é conhecido como total do mercado endereçável, na tradução livre da expressão em inglês “total addressable market”. É claro que os concorrentes também estarão olhando na mesma direção. Por isso, definir a melhor estratégia é muito importante para a empresa buscar a maior fatia possível do mercado.
Para isso, Aparicio recomenda considerar:
a) A lealdade dos consumidores do segmento.
b) Quão qualificados são os concorrentes e sua oferta de valor agregado.
c) O timing dos testes de lançamento e implementação dos seus produtos ou serviços.
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Analisar a estrutura financeira
Alcançar a melhor margem de lucratividade é o passo seguinte. Para alcançar sucesso, é fundamental analisar os custos fixos e, principalmente, os variáveis. Além de registrar o momento atual da empresa, saber o quanto os gastos vão aumentar com o aumento da empresa também ajuda.
Dessa forma, as empresas garantem um retorno financeiro, positivo, por unidade de venda. E evitam uma armadilha muito comum entre companhias em expansão: a perda de rentabilidade média observada na medida em que o volume comercializado aumenta.
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Antecipar riscos
Inflação, novos ciclos econômicos, surgimento de concorrentes, inovação tecnológica que muda o desenho do mercado... Muitos fatores alteram os custos operacionais de forma significativa, e é importante monitorá-los. Mas há outros aspectos que podem, sim, ser previstos, ao menos em parte, com uma boa margem de confiabilidade.
É o caso da formalização de contratos futuros com custos fixos, da diversificação de fornecedores, da cobertura de riscos e, acima de tudo, adoção tecnológica, capaz de manter a empresa um passo à frente, inovando e melhorando as margens.
A tecnologia permite também reduzir os riscos de perdas por má gestão financeira, utilizando ferramentas digitais, como plataformas de gestão de custos empresariais.
- Projetar rentabilidade e mensurar avanços
Em caso de organizações que operam em estágio inicial ainda sem perspectiva de alcançar retornos positivos no curto prazo, é preciso antecipar suas reservas de caixa para suportar as operações durante esse período. Sempre lembrando de seguir com critério e planejamento, antecipando medidas programadas para reagir a desvios significativos do plano.
Dessa forma é possível se apoiar no plano de controle de custos, no adiamento de investimentos ou aumento de preços ao cliente.
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Zelar pela contabilidade
Num ambiente em que o setor de contabilidade é responsável não apenas por zelar pelos processos, mas também por produzir insights relevantes para os negócios, a área precisa apresentar, nas demonstrações financeiras, o impacto de cada etapa do planejamento.
No atual cenário da economia, é essencial também falar em margem de contribuição, ao invés de volume. O crescimento a todo custo não é uma abordagem ideal. De outro lado, um passo mais cauteloso permite reavaliar o desempenho da empresa, passo a passo.
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Como as Plataformas de gestão de despesas podem contribuir?
Todas as etapas do desenho de modelo de negócios lucrativo e resiliente passam pela capacidade de controlar gastos, especialmente aqueles pagos com cartões de crédito, muitas vezes lançados em sistemas de controle que não dialogam entre si. Dessa forma, a capacidade de ler o momento atual da empresa com transparência pode se perder.
A plataforma digital da Clara, atrelada a cartões de crédito internacionais, físicos e virtuais, permite alcançar a melhor visibilidade destes custos, que são precisamente os mais difíceis de monitorar. Assim, contribui para a empresa alcançar o modelo de negócios mais rentável possível.